O IDIOTA
Chega à conclusão, que é melhor assumir
Que não viu o e que sabe o que viste
Que a língua corrompida
Assim como nossa alma
Prospero repertórios das mazelas
dos embustes que nos apertam
e toda mentira do indignado
Asfixiam o senso comum nesse vai e vem
Bate e rebate da chacota
As flamulas de sua bandeira
Escorrega no mastro
Mostram suas garras
Conforme o cunham
dizem que melhor artefato
a parte do que é do esperto
Alguns se encontram com
a conveniência que lhes acenam
e tudo é relativo para que a treta
enrosque e aperta conforme a letra
se o mundo é dos espertos
sinal que a safra é ignorância
há demanda e benesse
que abrilhantam os olhos
o que transbordam nos bolsos
quando o ouro que provem do tolo
para nos mercadores da fé
um abate febril, largam
ao relento da desesperança
e os acionistas da desgraça celebram
em iates de vinte nos
e um deles é para nos enforcar
depois da engorda
somos descartados como bagaço
como meros idiotas
SÉRGIO CUMINO –
O CATADOR DE RESENHAS
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