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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

PALAVRA ROUBADA



PALAVRA ROUBADA

A palavra foi abolida

Do seu lugar de fala

Desnorteando seus sentidos

As parodias e prosódias na vala

E os fatos ficam o dito pelo não dito

Dilema do conflito verossímil 

O balaio do palavrado 

Rito verborrágico da bravata

Ideias palavrosas e toxicas

Não há compaixão muito menos empatia

Se a palavra chave é resistência 

A confusão do pretexto

Arregimenta-se fora de contexto

Algoritmos sequestram a palavração

Tem as silabas e fonemas sob dominação

A palavra dada é corrompida

Rebatizada e burlada

E os fios da meada ,perdidos

Pela tal incoerência armada

Sabem que a palavra é espada 

Sequestrada do embate dialético

O palato se abala, travam

A retorica e suas resenhas

Fraca infectada,

 pelas línguas dominantes

subvertem a coerência 

da soberania falante

pulverizam ensaios e filosofia

assim como a poesia

e todas escritas sagradas

em prol de narrativas burlescas

monetizam a discórdia 

contrariam perspectivas

do primor da língua 

e toda parte que lhe cabe

com parlatório vira-lata

são as metas da subserviência

com pobres palavreados.


SÉRGIO CUMINO –

 CATADOR DE RESENHAS. 


    

     

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