ERA
Se era, o que será ?
Será que sou eu? Não sei.
Se for, como saber? sei lá.
Ser ou não ser, a questão está dada
Se for será.
O que sei que desde lá
Era proeminente
Emergi a militância confusa
Com os bordões afirmativos
Algumas coisas nunca mudam
Se a Era qualquer que seja
Será a Era das duvidas?
Sei que são males obtusos
Dessa vida é cíclica
Com seus giros nauseantes
Temo as serpentes gestantes
Em suas desovas
Regressam os primatas de Darwin
Que blasfemam contra o óbvio.
Essa tormenta será que era pra ser?
Porem proclamam serem
Além do bem e do mal
Que bom seria
Se fossem o olhar auspicioso
Do poeta e suas profanidades boêmia
Quem Veem a boca da praia, como uma gargalhada de espumas
Ou a atriz de outrora no tablado com sorrisos cintilantes
Tornar-se mulher no rito de gaya
Mas hoje na era do descaso
riso é como um riacho, que teme a era da seca
A estiagem da vida , Alerta a era da incertezas
Sofrida tanto quanto oprimida
Fere o amor e res significa a dor
Numa era de vale tudo
Avolumando sem eira nem beira
Submerge no terceiro ato
A estética duvidosa de nossa era
É a erupção da era do caos
E suas provisões dantescas.
SÉRGIO CUMINO -
CATADOR DE RESENHAS
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