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sexta-feira, 5 de maio de 2017

ZÉ PELINTRA NO TELHADO


ZÉ PELINTRA NO TELHADO

De cá do morro
Olhando um pouco abaixo
Tem teto de muito operário
Cada um sua história
Maioria sem trabalho
Diante dos meus olhos
Dividem espaço
Do emaranhado fio de luz
Aí que não da para crer
o ser ou não ser se produz            
dois plásticos enroscados
um uma fita vermelha
já o branco mais avantajado
vermelho como lista
de um elegante chapéu branco
virava Zé Pelintra no telhado
do estigma do  felinos circulam
que nessas horas conduz
todos gatos são pardos
mas daí ser Zé Pelintra no telhado!
ainda que seja ilusão
Arrepiou meu corpo
Porventura como impressão
De ter visto Zé Pelintra no Telhado
Não sei se acredito
Ou mesmo desacredito
Mas pedi ao tal distinto
Que me mostrasse insumo
Com a pose mestra
Descrita no arco da lapa
De sua graça nesse mundo
Não estou louco, eu juro!
Respondeu o senhor cortês
Zé Pelintra no Telhado
“Graça esta em ver o mundo,
Com a intensidade da graça”
Não é que aquilo me tocou
Lembrei no que disse doutor
A mente em projeção
Se assim for
O Zé Pelintra no Telhado
Esta dentro do mim
Caso seja ilusão de ótica
Ou lapsos hipotéticos
Será uma conversa no reservado
Aprendi o comunicado
De seguir a vida com gingado
De cá ginga a alegria
De lá gato escaldado
Sensação de ter visto
Zé Pelintra no telhado

SERGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

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