INTUIÇÃO E SEU LEGADO
Coisa essa que acende
De lucidez inconveniente
Chega como uma pena
para redesenhar o pensar
incluindo novos traços
que não podia imaginar
Sem ninguém consultar
Chegou chegando
Nem por isso ficando
Fulgor nada previsível
De inibido ao atrevido
Faz-se o talhar a razão
Entregue a essa levada
Que atribui à argúcia
Surpreende a impressão
Por anteceder a primeira
Quando pede que fica
Mesmo que subverta.
De fato um dilema
moral
Que deixa o bom senso
Numa quina de bico
Indaga: O que faço?
Surge de pronto decidido
Sem tempo de pensar o passo
Água de corredeira
Corre até que veja
Já não é a mesma cascata
Principalmente que ponderava
Aguou o que era intenção
Germina para hesitar
E o que era certo
pretexto torna
duvidoso
robusta a se refinar
num campo de repouso
onde o bruto se depura
a imagem se revela
E a dialética da alma
entra em seu curso
subverte a opinião formada
o que supunha certo
vem aviso a evitar o precipício
da saudosa boa
intenção
Pura com a força da ruptura
abarca o rumo colorido
subvertendo o cinza pensado
vai ver lá na frente
a bem da verdade
a intuição e seu legado.
SERGIO CUMINO – PCD – POESIA COM DEFICIÊNCIA
Lindo
ResponderExcluirLindíssimo
ResponderExcluirDelicioso poema!!! Obrigada por compartilhá-lo!!!
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