A SAGA DA FOME SUSTENTÁVEL
Temos um faminto Prime
Esse sabe onde se
instalar
Como um vírus hospedeiro
Propicio a se
multiplicar
Inclui privilégios
que elevam
Graças ao projeto de
governo
Enganando no seu time
Dão-lhe status de sub-gente
do subsolo do fim do
poço
Há desequilíbrio da
balança
Contudo seguem sem
direito
e se quer almejam
esperança
Do Império dessa rica
terra
crêem que por nossa
sorte
e por conta da excelência
Tornou-se sorridente
subserviente
justamente
Daqueles La de cima
da ponta do norte
para quem bate
continência
Agora vê se pode
ta na cara que querem
o tesouro guardado
no nosso pulmão
no fundo do oceano
e o coração soberano
Arrastado dessa
vergonha
De floresta derrubada
Desnutrição de
criança
Dizem ser sem importância
E deixam isso para lá
Enquanto matam suas
matas
e indígenas
desesperados
Miséria esfolada
Dimensão de
continente
tem indigente para
cada povo
desespero para cada
horda
diversidade do
excludente
Porém lugar mais
escolhido
Espécie de fina flor da
fome
sob extremo das
estações
sem providencia e
previdência
Concentra muita grana
Nas bandas do sudeste
Custo de vida muito
alto
Já o de morte é facilitado
Vêem, todavia não os
enxergam
É um privado soberano
No abecedário
desumano
é a letra que tudo
padece
Já em matéria de
segurança
Está protegido a medida
Que o bando cresce
É destino dessas carências
Recessão que tanto bate
Até que fura
e derruba negro no
arrebate
atingindo toda
estrutura
Chega as mesas burguesas
Visto nos cardápios
da semana
Que se comem das
lixeiras
Enquanto os que
mandam
Dizem que não há fome
Talvez deduzissem a
resposta
Por que restaurantes
Fecharem as portas
Deve ser dessa região
Porque tem muitos
esquecidos
Sequer lhe deixam
sobras
Na estiagem do nosso sertão
Ai se pergunta
E sustento de onde
vem?
Mas eles falam que
não importa
Na voz da tosca
eloqüência
Em tom boçal e amável
Diz o arauto da presidência
Defendida é a fome
sustentável
ocupa as centros congestionados
Não se medem a dor
Em caminho de
celebridades
Por onde passa deputado
tem ano que até
governador
Ai emerge o
sentimento indigente
Porque é cada vez
mais raro
dar ao estomago seu
agasalho
chamam de fome
intermitente
pelo bem da economia
até a orexia
qualifica
como estética de contingente
Aos que não se mantém
em pé
A mulher dos direitos
humanos
Pensa ser falta de fé
revelada no desigual
emergi a antropofagia
esperam que não
guardem rancor
Porque na analise do
capital
São seqüelas indiferentes.
SÉRGIO CUMINO –
OBSERVATÓRIO 803
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