ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

domingo, 7 de julho de 2019

MEIOS ENFORCAM OS FINS


MEIOS ENFORCAM OS FINS
Trauma gerado aos fins
seria outra resenha
que não se desenha
com propósitos tóxicos
e efeitos épicos
legado da culpa é luto
ao ignorar  o receio
que alertava o desvio
avariando o valor  ético
proselitismo transgênico
averbado de pesticidas
da empáfia neoliberal
afogados no canal
com técnicas de conexão
une dispares legendas
faz o antagônico como seu
O lucro os emenda
Armam-se ruralistas
Enquanto signo que flama
Faz do casulo da cana
Triunfo do incomodo
Da representação popular
Adverte ao que ficar meio
Equilibrando corda bamba
 preste a lhe enforcar
Para o avanço das cercas
A benção da bíblia da bala
E com a liturgia letal
Que rogam pelo Divino
Abatem a comunidade
Fora da planilha do dizimo
Em gênero e raça
Num engasgo social
Descartam o ambiente
Para justificar os meios
Como milícia cívica
De braços e brados
Com o cínico supremo
 a sombras das togas
Travestidos do Bem
a eclipse da soberania
Faz rito a boçalidade
Difusa por meios
E suas pautas vendidas
De gases e ruídos
Do folhetim nobre
Deixa o pobre
Com cara na bunda
Para ponderar amém
Ao que soltam por traz
SÉRGIO CUMINO – Observatório 803  

Um comentário:

  1. Elizabete Nascimento8 de julho de 2019 às 10:36

    Ensaio do caos atual onde busca-se justificar o injustificável. Ações geram barbárie aos desvalidos tirando seus direitos e na outra ponta uma arrogância e prepotência daqueles que pisoteiam e desdenham sem o menor pudor. Situação gritante e um grito de socorro sufocado. Sua sensibilidade ao lidar com os atuais acontecimentos é profunda. Grata por compartilhar sua reflexão.

    ResponderExcluir