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terça-feira, 9 de julho de 2019

JUIZ LADRÃO

JUIZ LADRÃO

Noz faz pisar em ovos
Com angustia entalada
Pelo manto aprumado
Sob a mancha ilícita
Era peruca postiça
e gera desconfiança
complexo de Édipo
Deixa-me perplexo
Cego por decepção
 ao que lia como reto
ficou esperança em vão
o mundo é dos justos
a vida uma utopia
Rumos julgados
Por júri trapaceiro
Quem diria que assim
Nasce o sentenciado
Pela mão direita
golpista magistrado
traz para si a balança
e para outras panças
aqueles que deve favor
uma coisa é fato
é juiz premiado
todos querem embusteiro
desse calibre ao lado
Bem cotado no mercado
O Jurado vendido
Do golpe globalizado
Ao grupo de interesses
Empenhos ajustados
Ao aforismo anverso
Impudor vertical
Sem crase a Constituição
Censura o horizonte
Legado tortuoso
Acreditava nesse mote
e levou sem pestanejar
o sonho a retidão.
Probidade sincrética
Da Toga e o tapeador,
Ignora qualquer moção
Que bradam. Juiz Ladrão!

SERGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

Um comentário:

  1. Elizabete Nascimento9 de julho de 2019 às 18:54

    Tendo a justiça como pano de fundo e um legado rastreado por ações escusas, lá se vai a imparcialidade e chega a politicagem rasgada. Sob o manto togado fingi-se uma moral ilibada e corrompida pelos que em suas falas "prezam pelo moral e bons costumes", porém nos atos apunhalam os que não fazem parte da "panelinha". Infortúnio das classes menos privilegiadas, você bem o diz desacerto entre o "direito das leis escritas versos as leis praticadas". Tempos incertos, que sua manifestação poética sirva de abertura para as portas dos pensamentos, pois ainda existem os que insistem igual ao simbolo da justiça continuar de olhos vendados aos fatos ventilados. Meu grito é o seu "juiz ladrão"

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