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terça-feira, 16 de julho de 2019

ÁRIAS SELETIVAS

ÁRIAS SELETIVAS

Muda o padrão sensitivo
Anula as possibilidades
O que faz de mera vaidade
Posando moda do opressor
Rege os passos do individuo
Varejo na rua do ouvidor
A sua vontade rejeitada
Adormece a libido
Alimenta o conflito
Nessa confusão bajulada
Perde-se a sensualidade
E todo apreço ao belo
E o saber do que quero
E só enxerga maldade
Desencontra  o motivo
Como desprovido acidente
E mal percebe a dicotomia
Muito menos o pertinente
Sendo em si, ausente
Nesse eclipse da alma
É a sombra projetada
Como lhe querem presente
A penumbra é quebrada
De um mundo de gente
Coletivo da solidão
Consolados pelo engodo
Consignado a palavra
Burla conceito ético
pela estética do louvor
Ao  entrave cognitivo
Que revoga a conexão
Mordaça ao dialético
É o que brada o televisor
Passa a ter como convicção
Se não for como dizem
Tiram-lhe meios e fontes
Deixa-o em total disfunção
Órgãos perdem uso
Internos como coletivos
o corpo em Estado nulo
adultera o principio de ser
plastifica o seu tesão
a intuição quis mostrar
a instituição lhe diz que não
em prol dos sacros perturbados
Porque no regimento da história
Daqueles de bons costumes
Propósito não enxergá-lo
Para que fique engasgado
Dentro do drama seco
Em um ato sem melodia
E se  limitar a escória
Na várzea não percebe
A evolução das correntes
Entrada dos trompetes
Os manterão mesmo alagados
No mundo de poucos letrados
Para desconhecer outras Árias

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

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