ÁRIAS SELETIVAS
Muda o padrão
sensitivo
Anula as
possibilidades
O que faz de mera
vaidade
Posando moda do
opressor
Rege os passos do
individuo
Varejo na rua do
ouvidor
A sua vontade rejeitada
Adormece a libido
Alimenta o conflito
Nessa confusão
bajulada
Perde-se a
sensualidade
E todo apreço ao belo
E o saber do que
quero
E só enxerga maldade
Desencontra o motivo
Como desprovido
acidente
E mal percebe a
dicotomia
Muito menos o
pertinente
Sendo em si, ausente
Nesse eclipse da alma
É a sombra projetada
Como lhe querem
presente
A penumbra é quebrada
De um mundo de gente
Coletivo da solidão
Consolados pelo
engodo
Consignado a palavra
Burla conceito ético
pela estética do
louvor
Ao entrave cognitivo
Que revoga a conexão
Mordaça ao dialético
É o que brada o
televisor
Passa a ter como convicção
Se não for como dizem
Tiram-lhe meios e fontes
Deixa-o em total disfunção
Órgãos perdem uso
Internos como
coletivos
o corpo em Estado
nulo
adultera o principio
de ser
plastifica o seu
tesão
a intuição quis
mostrar
a instituição lhe diz
que não
em prol dos sacros perturbados
Porque no regimento
da história
Daqueles de bons costumes
Propósito não enxergá-lo
Para que fique
engasgado
Dentro do drama seco
Em um ato sem melodia
E se limitar a escória
Na várzea não percebe
A evolução das
correntes
Entrada dos trompetes
Os manterão mesmo
alagados
No mundo de poucos
letrados
Para desconhecer
outras Árias
SÉRGIO CUMINO –
OBSERVATÓRIO 803
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