ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

domingo, 15 de setembro de 2019

MELODRAMA MODERNO

MELODRAMA MODERNO
clímax do suspense
um desenlace regresso
que abala o cronometro
Sinto o sopro da angustia
Rosnar nos pensamentos
Sádico me aporrinha
Com termino de ciclo
Como sombra terrorista
Esquinas escuras do centro
Especialidade cognitiva
É a desordem cientifica
Para manter desnorteadas
Almas torturadas
Lançado ao incerto
E os medos Ca dentro
Subverte provérbio
Da vida provedora
o que se aproxima
sairá  de uma porteira
envolto por uma poeira
e sob nuvem escura
paralisou a mobilidade
 o julgo da alma impura
o que vem desse terremoto
chega determinado
consome e rebenta
Não se sabe  abismo
Que representa futuro
Apelo ao instinto
Expectativa do epílogo
E seus tempos verbais
Sonhos do prelúdio
Tem de remate pesadelo
a força que virá de mim
Rogo que cheguei ao talo
qual o desfecho operado
o grito de socorro
entala na invisibilidade
escorre como lagrima
 perde-se no cinismo do estado
destino sem caminho
e subjugado a censura
imprensa passa um pano
Demência do opressor
Não há tempo relativo
Na cultura do descaso
Civilização do atraso
Vejo-me entregue
A dialética da barbárie  
No protocolo do despejo
Ao palco da nulidade
A rua imunda
 adoece a humanidade;
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

3 comentários:

  1. Meu Deus....lendo tudo isso, não tem como não chorar e sentir na boca o amargo sabor da desigualdade. A dor no peito, chega se tornar física, angústia....

    ResponderExcluir
  2. de volta a inquisição .. ñ consigo nem palavrar para enfim fim.

    ResponderExcluir