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terça-feira, 3 de setembro de 2019

ÓDIO O ÓPIO DO POVO

ÓDIO O ÓPIO DO POVO

Não há nada mais cego que o ódio
Que age com força imprópria
Apropriada para negócios alheios
Surrupiam mentes como sombras
Que vagueiam em áreas escuras
Passo ante passo sem piso tátil
O vulto que entende como espelho
Alimenta-se das regiões impuras
O combustível daqueles abjetos
Que fazem dessa massa objeto
Tem como fim o extermínio proposto
Iludem que Deus esteja convosco
A ponto de tornar nefasto em lisura
Manobrado como vassalo ao ardil
Sua insegurança é fecho da bomba
Sua explosão é preposto da retaliação
Que por traz há mãos cínicas
Justifica sua fúria como bíblica
E não percebe sequer implica
Mente levada ao culto pretérito
Aspira  que querem que inspira
Acido escorre e faz com que grite
Vomite , implique e tudo justifica
O aliena a conjuntura do seu ópio
E desconhece o seu próximo
Corredeira insana que tromba
Um oprimido se sentindo pleno
Escravo que introjeta  seu senhor
Faz do igual um produto marginal
A uma negação de si próprio
Endente mulheres como cadelas
A válvula de todo feminicídio
E instrumento de todo pavor
Decepa ideologia de gênero
Desde remota infância
Seu santuário é discriminar
Renega ancestralidades
Aliciado  presumi ser milícia
Reprime qualquer forma de amar
Protege donos de propriedade
Capitão do mato dessas mazelas
Sente-se diferente do seu par pobre
Compulsivo a todo regresso
Arauto do absurdo como verdade
Alivia sua tensão com destruição
Sem trégua rege esse óbvio
É um suicidado emblemático
Punhal que atravessa peles mestiças
E toda lisura de outras raças
Afiado pelo seu instinto de morte
Subterrâneo escárnio humano.

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se com a Cultura da Paz

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