ÓDIO O ÓPIO DO POVO
Não há nada mais cego
que o ódio
Que age com força
imprópria
Apropriada para
negócios alheios
Surrupiam mentes como
sombras
Que vagueiam em áreas
escuras
Passo ante passo sem
piso tátil
O vulto que entende
como espelho
Alimenta-se das
regiões impuras
O combustível
daqueles abjetos
Que fazem dessa massa
objeto
Tem como fim o extermínio
proposto
Iludem que Deus
esteja convosco
A ponto de tornar
nefasto em lisura
Manobrado como
vassalo ao ardil
Sua insegurança é
fecho da bomba
Sua explosão é
preposto da retaliação
Que por traz há mãos cínicas
Justifica sua fúria como
bíblica
E não percebe sequer
implica
Mente levada ao culto
pretérito
Aspira que querem que inspira
Acido escorre e faz
com que grite
Vomite , implique e
tudo justifica
O aliena a conjuntura
do seu ópio
E desconhece o seu próximo
Corredeira insana que
tromba
Um oprimido se
sentindo pleno
Escravo que introjeta
seu senhor
Faz do igual um
produto marginal
A uma negação de si próprio
Endente mulheres como
cadelas
A válvula de todo
feminicídio
E instrumento de todo
pavor
Decepa ideologia de gênero
Desde remota infância
Seu santuário é discriminar
Renega ancestralidades
Aliciado presumi ser milícia
Reprime qualquer
forma de amar
Protege donos de
propriedade
Capitão do mato
dessas mazelas
Sente-se diferente do
seu par pobre
Compulsivo a todo
regresso
Arauto do absurdo
como verdade
Alivia sua tensão com
destruição
Sem trégua rege esse
óbvio
É um suicidado emblemático
Punhal que atravessa
peles mestiças
E toda lisura de
outras raças
Afiado pelo seu
instinto de morte
Subterrâneo escárnio
humano.
SÉRGIO CUMINO –
Poetiza-se com a Cultura da Paz
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