OLHO DO VULCÃO
Arde e ofusca a visão
De todo processo
Da vida vivida
Angustia a revisão
Reviravolta na sina
De onde foi vacilo?
Nas chamas da paixão
O mergulho querido
E tudo que conflita
o âmago em explosão
como julgamento
perpetuo
espiral sem fundo
para onde vamos
então?
Se a liberdade é um
espectro
Estima rala a baixo
Sobra o consolo dos
aflitos
Proselitismos da
exclusão
O que se ouve de
direitos humanos
Melhor darmos as mãos
Na situação não
confio nem um pouco
Entra por um pavilhão
E se despede pelo
outro
E a parte que me toca
Discurso da evasão
Para os sem assuntos
E a dialética da
empatia
Sem nossa
participação
Subterfúgio oficial
Onde a vida não importa
Para dizer, não há solução
Descaso de milícia
E vida sem condição
Delírios
fundamentalistas
Gestão de barbárie
Imobilidade dos
caminhos
Ódio em provisão
Encontro com medo
eleito
Essa paralisia pede
perdão
Um socorro engasgado
Dentro desse tufão
Faço parte desse fogo
Que queima em
dimensões
Deus e o diabo
reunidos no inferno
Desdenham do cognitivo
Teste de valores
Que subverte a razão
Murmuro de amizade
Perfura esse vulcão
Que nutre a condição
Mentiras de resenhas
Que vem toda virtual
Enfarta a razão
É na cinza da fênix
Que damos o primeiro
passo
Dos caminhos de Ifá
A
alegria poética da ilusão
SÉRGIO
CUMINO – Poetiza-se na cultura da Paz
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