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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

OLHO DO VULCÃO

OLHO DO VULCÃO 

Arde e ofusca a visão
De todo processo
Da vida vivida
Angustia a revisão
Reviravolta na sina  
De onde foi vacilo?
Nas chamas da paixão
O mergulho querido
E tudo que conflita
o âmago  em explosão
como julgamento perpetuo
espiral sem fundo
para onde vamos então?
Se a liberdade é um espectro
Estima rala a baixo
Sobra o consolo dos aflitos
Proselitismos da exclusão
O que se ouve de direitos humanos
Melhor darmos as mãos
Na situação não confio nem um pouco
Entra por um pavilhão
E se despede pelo outro
E a parte que me toca
Discurso da evasão
Para os sem assuntos
E a dialética da empatia
Sem nossa participação
Subterfúgio oficial
Onde a vida não importa
Para dizer, não há solução
Descaso de milícia
E vida sem condição
Delírios fundamentalistas
Gestão de barbárie
Imobilidade dos caminhos
Ódio em provisão
Encontro com medo eleito
Essa paralisia pede perdão
Um socorro engasgado
Dentro desse tufão
Faço parte desse fogo
Que queima em dimensões
Deus e o diabo reunidos no inferno
Desdenham do  cognitivo
Teste de valores
Que subverte a razão
Murmuro de amizade
Perfura esse vulcão
Que nutre a condição
Mentiras de resenhas
Que vem toda virtual
Enfarta a razão
É na cinza da fênix
Que damos o primeiro passo
Dos caminhos de Ifá
A alegria poética da ilusão

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na cultura da Paz

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