ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

segunda-feira, 21 de abril de 2025

ABRAXAS LAPSOS

ABRAXAS LAPSOS 

 a dualidade se abraça 

No útero da cabaça 

a dança do chocalho 

Na intenção da utopia

 O afoxé do pleroma

Onde nada se separa

o sumo dos elementares

Tudo junto e misturado

Suas 365 esferas 

vácuo das possibilidades

O duplo da persona

Eros e thanatos

A luz e as trevas 

 revolucionário e o idiota

Entre o bem e o mal 

E seu além autoritário

“Deus e o diabo

 na Terra do Sol”

Libertário e o tabu

variantes e atenuantes

De quem serve quem 

Universo a humanidade

Lograra o rito ancestral

De natureza opostas 

Pois o que importa

São postas nas rotas

distintas que se atraem 

desejo e as pedras 

Jogadas e barragens 

Confrontadas no pêndulo 

de amuletos gravados 

E seus símbolos sagrados

Contra descaso com a vida 

É os princípios da misoginia

É a negação da origem 

Dá terra , mãe nossa

paradoxo do que se completam

Incondicional que se abraxas 

Na conexão dos plexos 

As esferas circulam o mito 

Eras que antecedem o conflito 

Surpreende que era previsível

Fustiga o pânico da alma 

Dos monstros modernos

Do inconsciente coletivo

Quando o tempo era criança

Florada encampa a oralidade 

Palavra cantada é herança

Recebida da minha avó 

Ouvida pelo meu neto

Chega ao neto dele

Oralidade que irriga 

A semente da liturgia

a poesia dos símbolos

Se encanta dos mistérios

Muito nos conta a estética

Pela melodia do enigmas

Gnose poesia da genética 

Percussão do tempo 

Em ritmos sincréticos

A flor de lótus 

Que Embeleza o pântano 

É a coroa de Nanã 

Faces da mesma moeda

Essa colcha de arquétipo

Completam-se em ser uno.

Na psique do olorum

Lemos um livro em chamas 

Que te chama ao mergulho

Reposicionando o mundo

Que pulsa dentro do peito 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário