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sábado, 19 de abril de 2025

PRETA E PET PETINHA


PRETA E PET PETINHA 

 

A gata é a graça em Dó

a resenha dessa prosa

 com as ancas avariadas

Cambaleia o equilíbrio

Da gata, gatinha, gatosa 

Como chamam a amada

Com ela não me sinto só 

Felinas são anjos da guarda


De pé, ante’Ré 

Mímica minimalista

Destreza da linguagem

Brilho de criança animada

Brinca descontraída 

correndo pelos cômodos 

Esvoaçando os pelos pretos

Ressignifica a gata manhosa


Mia as ondas do Mi.

Desmonta a guarda 

Já nem sei quem sou 

Seu miado é o chamado 

onde a simplicidade fica

Até rancor ajuda a diluir 

Faz poesia do papel amassado 

Que o poeta jogou 


Roça as pernas em Fa

Como o pedido falado

Ronronar ao lado é par

Dorme até suspira

Já o poeta, inspira 

Fortalece a sintática 

Do pensamento miado

Semânticas onomatopaicas 


Barriga exposta em Sol

É o signo de elegância 

No peito o respeito a oxalá 

Como um echarpe natural

Alvinegra de luvas brancas

É a gata de Black tie 

Ou performance de Clown


O rabo é batuta de cá a Lá 

Fato do miado cantado

Atrai gatos trovadores

 Declamando no telhado

É difícil explicar a mágica 

a menina dos olhos chamam 

No formato de jabuticaba 

É cafuné para os humores


E tudo muda em Si

Basta a maestrina acordar

Sinfônica família

Na maluca harmonia

Regida pela gata de notas

Até a lágrima fica encantada

Esse amor é uma música 

Cuja partitura ela vai arranhar


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

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