EGO QUE ERA LEGO
A pantomima se desdobrava
Limite do proscênio
Para validar as signos do ego
Que era um lego e não sabia
Torna sombra contra luz
Cada elemento uma identidade
Adulterada como previsto
conforme conveniência
Da troca de cena
Roubada antes das noções
Discernimento e afeto
Métrica do justo e correto
De acordo com rendimentos
Como manda o figurino
Subtexto forjado
Não Percebi a linha tênue
Entre desejo e objeto
Que iludem na sala de espelho
e cancelaram seu reflexo
Sobra performance do ego
Nem sempre convincente
Por tanto que dê pro gasto
Dos abutres intermitentes
E alternadas no espaço
Igreja, trabalho e no poço
Da razão e ilusão
No vácuo atola hospedeiros
E respira os anseios
Construído pelo outro
Com orgulho e respeito
Enquanto abandona a si
Personagem funcional
Do teatro de mal gosto
Remediada a persona
Realidade do contexto
Um grande elenco de si
dessa comédia dell'arte
E ninguém o reconhece
Nas regras de validação
Fora acertos a parte
Da alma corrupta
A mente é tablado
Arena de aprovação
desaprova seus mérito
Deboche aos valores
Que renegam a conduta
A farsa atrai público
Era da demência
De território incerto
Mal se vê por perto
Nesse insano sequestro
Os signos no lugar vago
Para constituir pensamento
E terceiriza os desejos
Que pensa serem seus
Até consciência arrendada
Cuja voz interna programada
Dissimula para que se iluda
Que pensamento seja na vida
Prerrogativa própria
A viver é papel em branco
Da árvore do conhecimento
E se colocar cerne do pecado
Como ficção que lhe inspirou
O mal entendido desperta amor
Brilho que reflete nos olhos
Cenoura que puxa ego
Turbulência volátil
Serão folhas secas
Que um dia foi flor
Crise é espelho sem aço
Luz que desce em pino
No Íntimo da personagem
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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