DESDE SEMPRE
O solidário falseta
Da rede furada
É crente que engana
Não somos do mesmo cardume
“Tamu junto”. Mas não confundo
Isso é Código de conduta
De oportunista dissimulado
-Qualquer coisa chama aí.
Não espere é modo avião
insumo estragado
O engodo tem seu clássico
“Acredite Deus está no controle”
Com desvio de finalidade
Gíria designada como alerta
Sou sumido ou não quis ver
sentado como não quer nada
no banco da plataforma
Com megafone em movimento
Ativismo da poesia ostensiva
O grito mais sonoro
Sem lugar de fala a hipocrisia
Se mesmo assim sou invisível
Ensina a literatura ,afaste-se
Mas isso não é possível
Tem que alimentar o Network
subjetividade que arrepia
Vai que seja uma célula
Pontalete da vulnerabilidade
É quando a dissimulação
Camufla as aspas
Se traveste de empatia
Protege-se entre parentese
a bolha da empáfia
Uma expressão do presente
O que importa se é simpático
Se é empático ou boa gente
O sujeito fica no vácuo
Na nuvem do oportunismo
Se for favorável, tira do armário
Aquele Sorriso que adequa
sem validade na banca
Que constitui a vontade
Compulsiva pelo consumo
Ocupação das banalidades
que nunca sabe o que quer
Dobrou a esquina vira passado
Do descaso faz irrelevância
Melindre do tudo irrita
Se o cognitivo vira questão
“Portanto não me ligue
quando a chapa fica quente”
Há o cristão benevolente
Para ocasiões especiais
Salvo conduto se lhe der lucro
Ser bem visto pelos entes
Toda vênia diante do júri
a miséria lhe promove
Traz dividendos ao neoliberal
Exercita o preconceito
O princípio é ser indiferente
Em qualquer situação etc e tal
Tudo farinha da mesma doença
Mas olha com rabo de olho
O título de bondade
Aversão aos sócios do ofício
A soberba não tem pares
Ostentam seus ócios
Cheio de sentimentos burguês
Sem torcer o nariz
Nas falácias da desculpa
a bondade não tem base
A sociedade é compassiva
Ver a tragédia das indiferenças
Envergonhar-se das emoções
Fraquejo do pseudo parça.
bandeira é a roda de interesses
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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