ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

quinta-feira, 24 de abril de 2025

DESDE SEMPRE

 


DESDE SEMPRE 

O solidário falseta

Da rede furada

É crente que engana

Não somos do mesmo cardume

“Tamu junto”. Mas não confundo

Isso é Código de conduta 

De oportunista dissimulado

-Qualquer coisa chama aí.

Não espere é modo avião

 insumo estragado 

O engodo tem seu clássico 

“Acredite Deus está no controle”

Com desvio de finalidade

Gíria designada como alerta

Sou sumido ou não quis ver

sentado como não quer nada

no banco da plataforma

Com megafone em movimento 

Ativismo da poesia ostensiva 

O grito mais sonoro 

Sem lugar de fala a hipocrisia

Se mesmo assim sou invisível

 Ensina a literatura ,afaste-se 

Mas isso não é possível 

Tem que alimentar o Network

subjetividade que arrepia

Vai que seja uma célula 

Pontalete da vulnerabilidade

É quando a dissimulação

Camufla as aspas

Se traveste de empatia 

Protege-se entre parentese 

a bolha da empáfia

Uma expressão do presente 

O que importa se é simpático 

 Se é empático ou boa gente

O sujeito fica no vácuo 

Na nuvem do oportunismo

Se for favorável, tira do armário 

Aquele Sorriso que adequa

sem validade na banca

Que constitui a vontade

Compulsiva pelo consumo 

Ocupação das banalidades

 que nunca sabe o que quer

Dobrou a esquina vira passado

Do descaso faz irrelevância

Melindre do tudo irrita

Se o cognitivo vira questão

“Portanto não me ligue

quando a chapa fica quente”

Há o cristão benevolente

Para ocasiões especiais

Salvo conduto se lhe der lucro 

Ser bem visto pelos entes 

Toda vênia diante do júri

a miséria lhe promove

Traz dividendos ao neoliberal

Exercita o preconceito

O princípio é ser indiferente

Em qualquer situação etc e tal

Tudo farinha da mesma doença

Mas olha com rabo de olho

O título de bondade 

Aversão aos sócios do ofício

A soberba não tem pares

Ostentam seus ócios

Cheio de sentimentos burguês  

Sem torcer o nariz 

Nas falácias da desculpa

 a bondade não tem base

A sociedade é compassiva 

Ver a tragédia das indiferenças

Envergonhar-se das emoções

Fraquejo do pseudo parça.

bandeira é a roda de interesses

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 


Nenhum comentário:

Postar um comentário