SINO TOCA
Sino dos ventos
É o canto de Oya
Dando outro rumo
Estigma do mau agouro
Para felicidade entrar
Sino instrumento cônico
E sabe que está a falar
Badaladas dão sinais
Marcar as passagens
Da vida caminhante
Sinto o sino milenar
Som da terra, prosa e verso
Ásia a sumir do horizonte
Liturgia e consagração
Reverbera o universo
Sino da igrejinha
Toca a meia noite
E o galo chama o guardião
Da vibração oculta
Do mundo das sombras
O que sino vibra
Fala com a alma
Seja torre, imponente
Cantoria do adjar
Que leva ao transe
Arauto do povo
Festa, missa ou morte
Sino cochicha com a terra
Reverbera a água
Dança do fogo
guizo , chocalho ou xaorô
Imanente do espírito
Entre nações Iorubá
Poder do arquétipo
Que vibra no Yawo
Sino a bença interior
Bate no peito, sua oca
Ritmando dor e amor
Com ferro no bronze
Conforme badalo toca
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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