ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

quinta-feira, 10 de abril de 2025

SINO TOCA


SINO TOCA 

Sino dos ventos 

É o canto de Oya

Dando outro rumo

Estigma do mau agouro 

Para felicidade entrar


Sino instrumento cônico 

E sabe que está a falar

Badaladas dão sinais 

Marcar as passagens 

Da vida caminhante 


Sinto o sino milenar

 Som da terra, prosa e verso

 Ásia a sumir do horizonte 

Liturgia e consagração 

Reverbera o universo 


Sino da igrejinha 

Toca a meia noite 

E o galo chama o guardião

Da vibração oculta

Do mundo das sombras 


O que sino vibra

Fala com a alma

Seja torre, imponente 

Cantoria do adjar 

Que leva ao transe


Arauto do povo

Festa, missa ou morte

Sino cochicha com a terra

Reverbera a água 

Dança do fogo


guizo , chocalho ou xaorô 

Imanente do espírito 

Entre nações Iorubá 

Poder do arquétipo 

Que vibra no Yawo


Sino a bença interior 

Bate no peito, sua oca

Ritmando dor e amor

Com ferro no bronze 

Conforme badalo toca 


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                       

Nenhum comentário:

Postar um comentário