COMPAIXÃO PRESENTE
E se Socorro grita a porta
Compaixão me abrace
Vejo em ti o seu centro
O vale da transformação
Do assistido e o cuidador
Em ato de evolução
o intuito, sem nada em troca
A soberania dos escolhidos
Nasce um em cada território
A força do braço amigo
Como um anjo predestinado
Sem o brinde a vaidade
atropela a dignidade humana
Colide com a transformação
Espontaneidade avassala
Junto dela se agarra
mão se estende sem alarde
No impulso sem custo
E pausa toda engrenagem
No campo do desconforto
Transcendendo o certo
O tato é o resgate do respeito
compaixão, parceiro do instinto
o âmago da moral
Como diria Schopenhauer
Mais pura ética dos justos
É uma dor que te pede
E que vem do além
Do corpo para fora,
Fora para dentro
Algum lugar em curso
Ocorre a dança das almas
Que penetra fundo sem porque
Avaria couraça, descola camadas
Que desorienta o padrão
Vendo o outro como ele mesmo
respirações conduzem
Junto ao impacto da agonia
Aos cantos das necessidades
É quando entende ser irmão
humano para outro humano
Dá um reset nos sentidos
Sem diferença de castas
Repulsas étnicas
Variantes identitárias
A doação é horizontal
O papo reto que omitem
O alicerce é existir
A via de mão dupla
E ela absorve o silêncio
Ouvir preenche o necessário
melodia que os olhos acalenta
Da a humanidade visão
dor e as essências se misturam
Psiu ! Império do ombro amigo.
No casebre da compaixão
Não mora ostentação
Longe das pregações
a natureza realiza seu concerto
Junta pausa das emoções
E a cadência da conexão
Se semear faz a revolução
O olfato descreve o contexto
É o aroma novo da resenha
Laço forte do pacato cidadão
-conta comigo meu irmão.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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