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quinta-feira, 24 de abril de 2025

COMPAIXAO PRESENTE

 


COMPAIXÃO PRESENTE 

E se Socorro grita a porta

Compaixão me abrace 

Vejo em ti o seu centro 

O vale da transformação 

Do assistido e o cuidador 

Em ato de evolução

o intuito, sem nada em troca

A soberania dos escolhidos

Nasce um em cada território

A força do braço amigo

Como um anjo predestinado

Sem o brinde a vaidade

 atropela a dignidade humana

 Colide com a transformação

Espontaneidade avassala

Junto dela se agarra

mão se estende sem alarde

No impulso sem custo 

E pausa toda engrenagem

No campo do desconforto 

Transcendendo o certo

O tato é o resgate do respeito

compaixão, parceiro do instinto 

o âmago da moral

Como diria Schopenhauer 

Mais pura ética dos justos

É uma dor que te pede 

E que vem do além 

Do corpo para fora,

Fora para dentro

Algum lugar em curso

Ocorre a dança das almas

Que penetra fundo sem porque

Avaria couraça, descola camadas 

Que desorienta o padrão

Vendo o outro como ele mesmo 

 respirações conduzem 

Junto ao impacto da agonia

Aos cantos das necessidades

É quando entende ser irmão 

humano para outro humano

Dá um reset nos sentidos

Sem diferença de castas 

Repulsas étnicas

Variantes identitárias 

A doação é horizontal 

O papo reto que omitem 

O alicerce é existir

A via de mão dupla

E ela absorve o silêncio

Ouvir preenche o necessário 

melodia que os olhos acalenta

Da a humanidade visão

dor e as essências se misturam

Psiu ! Império do ombro amigo.

No casebre da compaixão 

Não mora ostentação

Longe das pregações

a natureza realiza seu concerto

Junta pausa das emoções

E a cadência da conexão

Se semear faz a revolução

O olfato descreve o contexto

É o aroma novo da resenha 

Laço forte do pacato cidadão 

-conta comigo meu irmão.

 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 



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