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quarta-feira, 23 de abril de 2025

REVELA-SE COMO PEDE

REVELA-SE COMO PEDE 

Porque diabos se repete?

Pergunta quando senta 

No banco da desilusão 

Por mais que a vida é cíclica 

Ha um ponteiro emperrado 

Que patina no mesmo lugar 

No relógio da dúvida 

É o dia da marmota 

Tragédias vividas 

Vira e mexe voltam

O que atrasa sua lida

Sobe despenca

Lastros de impaces 

As frustrações no amor 

Torpores e suas tratativas

Tantas lágrimas escorridas

Perde seus referenciais

Perversão dos cafajestes

Os fariseus da resistência 

Impelem a consciência 

Sabotando os humores

O que pedes não resolve

Se não alterar como sentes

cérebro coaduna com emoção

É como interpreta a inflexão

E o contraditório faz festa 

 a emoção e seus embrolhos 

E saem as remessas de ação

o que recicla amores ordinários 

Patrões indigestos 

E a traição de tantos parceiros

Como se escrito estivesse 

Idiota na testa.

Basta fazer o teste.

Desapegue do sofrimento

E os sonhos reconstrói 

Para que o novo renasce 

Sementes novas na floresta

Sua árvore florescerá

Isso se chama graça

a conecta com que importa

Virar a chave, engate a primeira

Receba o olhar que lhe flerta

Com o novo prisma do desejo

E afastará o salafrários 

Marombeiros e malafaias 

Perdoe amor traiçoeiro

Ou será eterno desconforto 

Com o seu senso de justiça

Encontre novas possibilidades 

E desconstrua velhos costumes

o coração guia a flecha de Ode

Como reza o arqueiro zen. 

E o destino se libertará 

Das correntes das mágoas 

De um passado fedegoso 

E saboreará o deleite,

e amar e ser amada 


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

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